Natacha Cristina Melz Zappani

Mundialmente a higienização das mãos é reconhecida como uma medida primária e de suma importância para o controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Todos nós precisamos estar conscientes da importância da higienização das mãos nos serviços de saúde visando à segurança e a qualidade da atenção prestada.

Diante da importância deste tema, a Organização Mundial de Saúde definiu o dia 5 de maio como dia mundial de higiene das mãos. Para o mês de maio, no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso serão realizadas diversas atividades, como a entrega de frascos de álcool gel para todos os colaboradores, capacitação para as equipes e divulgação de um vídeo abordando os 05 momentos da higienização das mãos que foi elaborado pelos próprios colaboradores. O monitoramento das equipes quanto a higienização das mãos é continuo, porém no mês de maio ele se intensifica.

Em hospitais, unidades de saúde ou clínicas, o termo higienizar vai além do que lavar as mãos com água. Nestes locais, o manejo das pessoas que sofrem com infecções é constante e, consequentemente devemos dobrar os cuidados prestados aos pacientes. A higienização engloba adotar práticas diárias e constantes.

Todas as pessoas possuem micro-organismos no corpo, principalmente na pele e no tubo digestivo, que ajudam a manter a saúde através de funções metabólicas importantes. Por outro lado, também podemos adquirir micro-organismos capazes de causar doenças, que geralmente são transmitidos através do contato com pessoas, principalmente através das mãos, podendo provocar infecções hospitalares, gripe, diarreia etc.

Podemos encontrar germes em diversos objetos e superfícies e como não são visíveis a olho nu, em algumas situações não tomamos medidas adequadas de prevenção. Alguns exemplos bem comuns que ocorrem diariamente, como a transmissão de patógenos quando tocamos no puxador da porta, pressionamos o botão do elevador, seguramos na barra dos transportes públicos ou apertos de mãos.

As mãos devem ser higienizadas com água e sabão quando estiverem visivelmente sujas, caso contrário pode-se higienizá-las com álcool 70%, seguindo a técnica correta. Segundo a ANVISA, a higienização das mãos deve ser realizada minimamente em cinco momentos: antes e após o contato com o paciente, antes da realização de procedimentos assépticos, após a exposição a fluidos corporais e o contato com áreas próximas ao paciente. Este método facilita a compreensão dos momentos em que há riscos de transmissão de micro-organismos pelas mãos, a memorização e a incorporação nas atividades do dia a dia.

É importantíssimo lembrar que higienizar as mãos é um detalhe que faz muita diferença, não apenas na nossa saúde, mas também na saúde de nossos entes queridos e de toda a comunidade. Precisamos encorajar as crianças desde pequenas a higienizar as mãos de forma adequada, para que esta prática se torne um hábito.

Natacha Cristina Melz Zappani

Enfermeira do HRTGB – COREN/SC 383