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A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO

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Estudos recentes demonstram que os principais determinantes da saúde da população estão relacionados: 10% às dificuldades de acesso aos serviços, 20% ao ambiente em que se vive, 20% às causas genéticas e 50% diretamente relacionados aos hábitos de vida. Este cenário demonstra, indubitavelmente, que se não investirmos em educação e prevenção, pouco avançaremos no quadro de saúde de nossa sociedade.

Ao abordarmos medicina preventiva, ou práticas de prevenção da saúde, ainda temos muito a evoluir no Brasil. Apesar de várias iniciativas existentes, ainda se tratam de incursões isoladas e desconectadas em um cenário de informações ainda insuficientes. Nosso País ainda se caracteriza por um modelo hospitalocêntrico, no qual ao invés de se investir em prevenção, se utiliza de forma equivocada os serviços hospitalares, especialmente os de urgência e emergência, sobrecarregando hospitais com casos de pouca gravidade, os quais poderiam ser tranquilamente tratados e solucionados em unidades básicas de saúde ou ambulatórios especializados. Evidências apontam que dentre as patologias mais incidentes em pronto socorros se destacam: gripes, resfriados, dores de cabeça, febre e dores nas costas. Como podemos ver, casos facilmente tratados em ambientes menos complexos e com custos exponencialmente menores, apoiados por um comportamento preventivo mínimo.

Nas internações hospitalares, se destacam os casos como hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, sendo todos, em grande parte dos casos, agravados ou potencializados por hábitos e comportamentos inadequados, como tabagismo, sedentarismo, alcoolismo, obesidade e má alimentação. Em geral, causas originadas pela ação desregrada das pessoas sobre sua própria saúde. A hipertensão, por exemplo, já afeta mais de 36 milhões de brasileiros, sendo mais de 30% da população adulta e 5% das crianças e adolescentes, se caracterizando como um dos fatores que mais contribui para o desenvolvimento de doenças cardíacas. A doença é responsável por 54% de todos os casos de AVC e 47% dos casos de infarto. Dados brasileiros revelam que mais de 80% dos hipertensos estão fora de controle e sofrendo os riscos da doença, enquanto no Canadá, 65% dos hipertensos estão controlados, nos EUA, 48% e na Inglaterra, 52%.

Números assustadores como estes podem ser associados às outras doenças, com danos severos para a saúde e produtividade da população. O Brasil está passando por mudanças demográficas e epidemiológicas muito significativas e é um dos três países que mais envelhecerão nos próximos 20 anos. Em 2012, a população de idosos era de cerca de 11%, ou 23 milhões de pessoas. Em 2050 esta população deverá representar 29%, ou seja, 65 milhões de idosos. Enquanto nossos filhos e netos chegarão aos 100 anos, nossos pais viviam até os 60. Tudo isto leva a um quadro de cronificação das doenças, o que eleva em altos patamares a importância da prevenção.

As empresas já passaram a sentir o custo associado à falta de ações de prevenção em saúde e diversas delas já apoiam programas neste sentido, mesmo fora dos seus ambientes operacionais. Para diversos empregadores, o custo com a saúde dos trabalhadores já representa mais de 10% da folha de pagamento, o que se agrava se considerarmos a perda de produtividade por atestados e outros afastamentos motivados por doenças preveníveis. Este custo para o empregador cresce exponencialmente e a solução tem sido a manutenção de programas específicos de gestão de saúde dos trabalhadores que vão além das práticas obrigatórias e convencionais.

Em uma sociedade em evolução, se faz necessário que os cidadãos se envolvam, adotando hábitos saudáveis e praticando atividades que evitem doenças controláveis. Enquanto a sociedade não entender esta necessidade, continuarão faltando recursos para a saúde, seja pública ou privada, pois a medicina curativa custa muito mais que a medicina preventiva.

A mudança cultural, porém, aquela que trará reflexos positivos para as gerações futuras e criará um ciclo virtuoso, está muito além de esperar por ações governamentais. A sociedade como um todo precisa se movimentar e apoiar a causa. Melhor alimentação, mais atividades esportivas, menos sedentarismo e a busca pela prevenção e pelo diagnóstico precoce através da rotina médica poderão contribuir de maneira substancial para uma melhor qualidade de vida efetiva. Esta consciência, porém, precisa ser responsável. Não basta um diagnóstico correto ser feito no posto de saúde ou no consultório, se o paciente vai para casa e não atende a nada do que foi recomendado. Precisamos encontrar maneiras de conquistar o efetivo engajamento por parte do cidadão. É imprescindível que a sociedade seja educada para a prevenção da doença, e não para o tratamento. Precisamos abandonar a passividade de tratar a doença e adquirirmos o hábito de tratarmos da saúde e, neste quesito, a prevenção é o melhor remédio.

Jeferson Gomes

Diretor Geral do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso - HRTGB


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