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Doação de órgãos: Um gesto de solidariedade

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A morte encefálica (ME) é estabelecida pela perda definitiva e irreversível das funções do encéfalo por causa conhecida, comprovada e capaz de provocar o quadro clínico. O diagnóstico de morte encefálica é de certeza absoluta e deverá ser realizado de forma padronizada, com especificidade de 100% (nenhum falso diagnóstico de ME), sendo que, qualquer dúvida na determinação desta, impossibilita o diagnóstico. Os procedimentos para determinação da ME deverão ser realizados em todos os pacientes em coma não perceptivo e apneia, independentemente da condição de doador ou não de órgãos e tecidos.

O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pela RESOLUÇÃO CFM Nº 2.173/2017. Desta forma, antes de conversar com as famílias, o hospital dispõe de uma equipe capacitada que realiza diversos testes com o paciente para diagnosticar a morte encefálica. Algumas causas de morte encefálica são mais conhecidas como o acidente vascular cerebral, o traumatismo no crânio e a parada cardíaca.

A partir do diagnóstico de morte encefálica podemos ter ou não a efetivação da doação de órgãos e a esperança de salvar outras vidas, lembrando que, só em Santa Catarina a fila de espera por um órgão é de 549 pessoas. Deste número, 347 pessoas aguardam por um rim, 70 pessoas por córneas, 63 por medula óssea, 27 por um fígado, 19 por rim/pâncreas, 18 por ossos e 5 por um coração.

Em 2017, o Estado Catarinense fechou o ano com o crescimento do número de doadores de órgãos, sendo que foram registrados 282 doadores de múltiplos órgãos, o que corresponde a 40,28 doadores por milhão de população no ano (pmp), número recorde na história do Estado. Enquanto isso, no país o indicador foi de 16,6 pmp, logo, SC teria uma taxa de cerca de três vezes maior do que a média brasileira.

Estes resultados são reflexos de um trabalho realizado pelas Comissões IntraHospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs) de todo Estado com muita dedicação, seriedade e competência. Essas equipes realizam diariamente a busca ativa por potenciais doadores e a oportunidade de oferecer qualidade de vida para outras pessoas.

O Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, obteve 9 efetivações de doação de órgãos depois do diagnóstico de morte encefálica do paciente, das 20 entrevistas que realizou com as famílias de possíveis doadores, num período de 6 anos de um trabalho bem estruturado por uma equipe multidisciplinar que realiza o acolhimento muito bem feito com as famílias, esclarecendo todas as dúvidas sobre morte encefálica e mostrando a necessidade do familiar entender a importância do gesto, eles permitem a doação dos órgãos e ajudam a salvar muitas vidas.

Não basta a doação, é necessário o comprometimento de todos os envolvidos para que haja sucesso durante todo o processo até a efetivação do transplante. É importante conscientizar a população que doar é um ato de amor, e que ao doar um órgão a pessoa está ajudando outras que também estão passando por um momento difícil.

Léia Madruga da Rosa

Gerente de Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva do HRTGB

Corensc-119157


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