O último domingo foi o Dia Nacional de Atenção à Disfagia, e para celebrar a data a equipe multidisciplinar do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, de São Miguel do Oeste, desenvolveu uma série de palestras para pacientes e acompanhantes. A ação teve como objetivo divulgar informações sobre a disfagia, destacando o sintoma, a importância do diagnóstico e as intervenções possíveis.

A disfagia é um distúrbio de deglutição, ou seja, ocorre no momento de engolir. Conforme a fonoaudióloga do Hospital Regional, Bruna C. Grzebieluchas Ghissi, a disfagia pode ser de origem congênita ou adquirida, podendo gerar prejuízo pulmonar, nutricional e social. “Não é uma doença por si só, mas um sintoma de que alguma alteração pode estar ocorrendo, podendo estar presente nas diferentes fases da vida e sendo imprescindível a orientação e tratamento adequados”, salienta.

Bruna lembra ainda, que na disfagia ocorre um desvio do alimento ou saliva, obstruindo parcialmente ou completamente as vias respiratórias. A doença pode ocorrer em todas as idades, mas costuma acometer pessoas idosas em maior proporção. “A atenção com a pessoa idosa deve ser redobrada. É importante ficar atento, pois pode ser um primeiro indício de uma doença mais grave”, alerta a fonoaudióloga.

Além do envelhecimento, o acidente vascular encefálico (derrame); traumatismos cranianos; doenças neurológicas como Parkinson e Alzheimer; distrofias musculares e alguns tipos de câncer também podem causar disfagia. “Pode ainda surgir devido a próteses dentárias mal adaptadas, refluxo gastroesofágico grave e após longos períodos de entubação”, destaca.

O tratamento e gerenciamento da disfagia devem ocorrer por meio de uma equipe multiprofissional, composta por médico, fonoaudiólogo, nutricionista e enfermeiro.